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domingo, 5 de março de 2017

Os bastidores das brigas do PP




Neste comentário serei breve para não perder a oportunidade do momento, muito estranho, por sinal, que corrói a boa política gramadense.

Prólogo

Vou tentar analisar algumas situações, para tentar entender o contexto. Vamos lá, por tópicos. Começo com uma eventual cronologia da situação política do PP e UPG, em Gramado.

Primeiro Ato

1 - Luia, Jeferson e Ubiratã, do PP,  são cotados para cabeça de chapa na eleição de outubro passado.
2 - Manu, PRB também deseja concorrer na cabeça de chapa. Olha para o PSDB e vê possibilidade que sua candidatura cresça.

Segundo Ato

3 - PP faz pesquisas internas que concluem que nenhum destes candidatos tem força para derrotar Fedoca e seu vice, seja ele quem for.

4 - As pesquisas apontam que o único capaz desta façanha seria o imbatível Pedro Bala, que naquele momento não queria nem ouvir falar de campanha. Cultivar azeitonas era o mais próximo de seus interesses até então.

5 - Pesquisas apontam ainda que nem Ubiratã, nem Luia, e nem Jeferson, somariam muito numa chapa com Pedro Bala, e que teriam que buscar noutro partido coligado o nome para vice.

6 - O nome escolhido não foi o de Manu, do PRB. Nem qualquer outro vereador na ativa. Foi o de Drumm, do PDSB.

Terceiro Ato

7 - Em cima da risca, é dada a largada. Começa a campanha. São escolhidos os "cabeças de chapa", Pedro e Drumm. Resta aos demais, a vereança. Bons guerreiros que são, engolem o choro e tocam em frente. Luia gruda uma durex e estica o sorriso. Ubiratã bate de porta em porta de seus velhos eleitos, a quem conhece um a um pelo nome, e vai catando seus votinhos. Muitos.  Bate pela terceira vez a marca de mais votado. Luia corre em silêncio e ganha também os seus votos. Jeferson deu uma cochiladinha quando o despertador tocou, e cochilou mais uns minutos. Perdeu o trem, e não saiu candidato a nada. Passou à frente de todos, porque retomou seu cargo e sua vaga no novo governo, de quem foi recebido com pompa e circunstância.

Quarto Ato

Vergonhosamente escandalosa a situação que se arma no Legislativo. Luia demite a Procuradora, e nomeia pessoas de seu círculo de relacionamento e confiança. Seria incompetente a demitida? NÃO! É competentíssima, diz a própria oposição. É do outro partido?Não! É das fileiras pepistas. Nora do Presidente do partido.

Aqui a plausível explicação para o revanche. Entenda a situação.

1 - Luia tem indícios, ou talvez mesmo certeza, que o Presidente do PP articula sua fritura em uma possível candidatura a Prefeito pelo Partido.  Seria o candidato natural por incontáveis razões.
2 - Luia engole o choro, e é eleito, como mencionei acima. Para apaziguar a situação, o Presidente do PP costura sua candidatura à presidência da Câmara, negociando com o PMDB um eventual cargo, para apoio do Luia, e tira Ubiratã do páreo, pois Ubiratã seria o candidato natural, por ter sido o mais votado. Luia vence e começa a trabalhar sua revanche (vingança é uma palavra feia demais). Demite a Procuradora, e cria com isso uma cisão irremediável no PP.
(Continua após o comercial)


Epílogo

Por que usei a expressão "vergonhosamente"? Porque em nenhum momento percebi, assim como os eleitores também não tenham percebido nenhum tipo de interesse no bem estar da comunidade, senão apenas disputas de poder, e mais vergonhoso ainda, disputas acirrada por dois ou três cargos que não sejam da alçada do executivo.

Estou com essa reflexão  desfavorecendo a UPG, o PP? Claro que não! Mesmo porque a UPG e o PP não estão restritos a uma cúpula diminuta de coronéis que se digladiam por território, mas é um colegiado de metade da população gramadense que votou em Pedro e Drumm, e que, mesmo que sua civilidade os faça apoiar aquilo que de bom venha trazer o governo de Fedoca e Evandro, ainda há brios e sentimentos, opiniões, que devem ser valorizadas e respeitadas destas pessoas.

A UPG se fortalece com esse tipo de esfacelamento destas lideranças que não souberam administrar a perda como ganho, e que briga a tapas pela última laranja que sobrou no pé, até que venha a próxima colheita.

Há ainda quatro invernos no caminho desta colheita. Há um campo por plantar e há muitos camponeses e muitas campesinas ávidos por ver florescer novamente este pomar. Gramado espera, mas não pode esperar sentado.

Aqui há um chamamento aos que acreditam que se possa passar um rodo na velha política do toma l-a-dá cá, que claramente é  o que está acontecendo, e que possamos trazer à superfície as boas práticas da política que edifica e enaltece a civilização.




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