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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Amor em frascos como fragrâncias de vida - Clinipel Cosméticos



Não quero falar apenas sobre amor. Acho muito etéreo, piegas. Bem, eu sou piegas. Mas aqui quero não ser piegas. Não muito. Quero falar sobre o amor de uma forma editorial, técnica, conclusiva. Sem decantar poesia. Apenas explicar com palavras simples o que é o amor. Sem meias verdades. Sem verdades incompletas. Apenas dizer aos leitores e leitoras que o amor é isso, e o amor é aquilo.

Bem, Talvez eu anda possa mudar de ideia na metade do texto, caso esteja muito complicado, e levar o assunto para algo mais fácil de explicar, assim do tipo: Qual é o sentido da vida. Mas, penso que não. Não devo fugir do compromisso, pois ao começar a escrever sobre o amor, eu me comprometi a escrever sobre o amor. E nada mais. Então vamos lá. Amor! Esta barbaridade, em cujo nome tantos outros amores já foram sublimados. Este algoz juiz que tantos corações já sentenciou e que tantas páginas devorou, muitas sem nenhum resultado. Sem nenhuma resposta. O amor, que tem uma certa queda por primaveras, um certo pendor pelo outono, uma vontade louca de se aninhar num aconchego no gélido das invernias, ou o acalorado frescor das tardes de verão. O amor, que substancia namorados, apaixonados, submissos e servis escravos das paixões, mas que não tem morada certa, nem repouso garantido.

O amor como um ermitão batendo à porta do peito a cada dia, e que definha vontades quando caminha vazio; Então, ainda assim, não falei com nenhuma certeza sobre o que é  o amor.

O amor não é. Apenas passa. Passageiro e arredio, sutil e sorrateiro, chega sem ser chamado e sai ao sabor do vento, é um nada que se reveste de todos os mantos, e o pranto silente dos  olhares perdidos. O amor é a perdição encontrada na escuridão do amanhecer. É o entardecer silencioso. O silencio tardio.

O amor é perfume suave. Fragrância indelével. Manancial de frescor. O amor é um carinho sereno. Um corpo macio. Um eterno instante. Um amor não cabe num frasco, porquanto infinito. Um frasco vazio do perfume que se derrama sobre um corpo cansado. É a voz do amado, As mãos da amada. A alma cansada. Um lugar, um viver.

Amor em frascos. Um pouco daqui, um pouco dali. O tempo passa, avida se vai, mas o amor é eterno. Amor em frascos como fragrâncias de vida. Amor por viver.

Um lugar para o amor. Um lugar para amar. Talvez Gramado. E por que não Gramado? Amar em Gramado. Amar um lugar.Amar no lugar. O lugar é aqui.

Dia 12 de junho
Fragrância de um dia para um ano de amor

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Texto: Pacard

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