AD SENSE

domingo, 4 de junho de 2017

Momentos de paz em tempos de angústia



Talvez você se pareça só um pouquinho comigo. Ou talvez eu me pareça muito com você. Não estou falando do aspecto físico, mas emocional, no sentido prático das coisas de cada dia, ou ainda no estado de espírito que nos encontramos diante da avassaladora onda de informações que parecem terem sido vomitadas do inferno, com etiqueta de endereço para nossas mentes, dia após dia, num acumulado de inversões, que acabam amortecendo nossa percepção do que é bom, ou do que é nocivo.
Nadir Michaelsen, é minha POP STAR de todos os dias
É POP STAR da Melissa Andrea Jeannet, do Michaelsen Isaac, do Guilherme Christopher, da Sarah Elise, do Daniel, do Lucas e do Davi.

Quando, logo cedo, ligamos a tevê, no noticiário do dia,lá está o diabo dançando à volta de cadáveres,mostrando seu trabalho da noite que passou, e dando-nos a certeza que o dia de hoje será ainda pior, para que no próximo café da manhã tenhamos perversidades com mais requintes para facilitar a digestão do desjejum, enquanto temperamos nosso humor e ânimo para o dia que segue em frente.

Não sendo isso suficiente para azedar o dia, ouvimos o incessante "plim" do celular que nos convoca para consultarmos as notícias que ainda não chegaram à pauta dos noticiários de tevê, mas que já estão nos preparando para o que iremos ouvir durante o dia. Ouvir, ver e compartilhar.

Assim, de amargura em amargura, de informação em informação, de plim em plim, vamos acumulando novas angústias, e enfraquecendo nossa vontade. Então, nossa antiga vontade de sermos felizes, torna-se apenas um breve pulsar de emoção quando repousamos o olhar sobre aquilo que os outros vendem como sua própria felicidade em compartilhamento de momentos aparentemente felizes, nas redes sociais.

Os selfies se multiplicam com a velocidade da luz. Não daquela luz que nos ilumina o semblante, mas dos bits que aceleram nossas angústias.
 Então, nem vou mais falar de felicidade, mas de pequenos momentos de paz em meio ao avalanche de incertezas que nos sobrecarrega a existência pós cibernética.

Dizia Epicuro, um sábio antigo, que devemos colher pequenos momentos de prazer em meio às tristezas que nos assolam no dia a dia, e fazer destes momentos especiais, motivo para que a vida possa continuar a ter sentido. Não concordo com tudo o que dizia Epicuro, mas também não estou feliz com a avalanche de crueldades que as mídias nos bombardeiam. 

Então, resta-me saber que ainda sou humano, e como tal, resta-me pensar, sonhar, e agregar entre sonho e pensamento, a possibilidade de colher sinfonias em meio aos estrondosos fatos que temos que ouvir. Podemos filtrar o que ouvimos, o que vemos e o que falamos. Podemos filtrar o que compartilhamos, e desta forma, não apenas sermos um pouco mais amáveis, assim como tornarmos mais agradáveis nossa existência fugaz, em meio a este crescente acúmulo de crueldades que o mundo nos oferece.

Há muito tempo, optei por não compartilhar nada que seja medíocre, violento, inútil, ou de pouco valor. Decidi repartir momentos e notícias de coisas agradáveis, pequenos momentos felizes ou até divertidos, que não pisem na moral dos outros, e que nos façam rir. 

Mas eu decidi também apontar o que vejo de errado, em forma de críticas, de crônicas, de ensaios, não porque me ache melhor do que quem quer que seja, mas porque, por estar do lado de fora do círculo dos fatos, consiga observar com imparcialidade aquilo que deva ser repensado, e provocando aos que tem as ferramentas das mudanças a fazê-lo, com a urgência que a vida exige, porque a vida é curta, e temos que vivê-la em toda a sua plenitude, assim como preparar-nos para a vida eterna, aquela pela qual aqueles momentos perfumados que conseguimos filtrar da podridão das enxurradas de amarguras que vomitam sobre nós, possa fazer sentido em estacionarmos de tempos em tempos diante de uma criança, para ouvi-la contar suas fábulas, ou a mostrar-nos um desenho que tenha feito para expressarem com sua arte singela, o tamanho do afeto que nos dedicam.

A vida não precisa ser tão dura. Basta que se diga não ao que nos incomoda. Basta que se diga sim ao que nos acalenta. Basta vivê-la com dignidade.


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